Estudantes de História discutem patrimônio cultural e representação política
Grafites, pichações e pinturas nas paredes fazem parte da paisagem dos pavilhões de aulas no campus da Universidade Federal do Pará em Belém. São manifestações de apropriação do espaço feitas, na maioria das vezes, por alunos que buscam marcar as paredes expressando suas ideias e atribuindo memórias e identidade afetiva ao local.
Esses atos, contudo, geralmente são associados às ideias de vandalismo e depredação. O debate em torno do tema estimulou a realização de uma roda de conversa por alunos dos cursos de graduação e pós-graduação em História.
Intitulada “Patrimônio Cultural e Representação Política”, a roda reuniu estudantes que debateram a importância da reflexão sobre o que é apropriação do espaço público e a representatividade do movimento de ocupação. Além disso, os alunos trataram da forma como a concepção sobre vandalismo busca inibir a expressão de ideias de cunho político e artístico, como conta André Andrade, estudante do Programa de Pós-Graduação em História (PPHIST):
“Nós estamos reunidos contra a PEC 55. Esse ato político abraça inúmeras temáticas, incluindo a do patrimônio. Então a ideia é pensar o seguinte: existe um discurso muito forte de que temos que cuidar do patrimônio, não podemos depredar. Só que esse discurso inibe uma intervenção dentro dos blocos de salas de aula, mas isso não significa que necessariamente seja depredar, mas se apropriar e deixar uma marca afetiva, uma marca dessa ocupação.”
Para Paulo Cardeal, estudante do terceiro semestre de Licenciatura em História, a roda de conversa foi importante para manter um espaço de diálogo que fortalece o movimento e constrói novos conhecimentos.
Texto e foto: Graziela Ferreira
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