Ativistas protestam contra medidas do governo Temer em ato público

Estudantes de diversas universidades, secundaristas e coletivos estudantis estiveram presentes na noite desta quarta-feira (7) para, mais uma vez, demarcarem seu posicionamento contra as medidas do atual governo brasileiro. Logo na concentração do protesto, que partiu da feira de São Brás, o entusiasmo no olhar dos manifestantes era nítido.

Concentração no Mercado de São Brás, antes do início do ato

"É complicado pensarmos no futuro em um momento de tantos cortes de direitos. A ocupação da Escola de Aplicação não conseguiu ficar parada e estamos aqui mostrando nossa indignação. E o que podemos fazer é ir para as ruas até o dia 13 e, se a PEC passar, do dia 13 em diante", afirmou Caio Cardoso, um dos organizadores da ocupação da Escola de Aplicação da UFPA.

O integrante da ocupação da Escola de Aplicação Caio Cardoso

A UFPA de Ananindeua também marcou presença. A estudante da primeira turma de Geoprocessamento da Região Norte do país, Thayse Azevedo, abordou alguns dos problemas locais: "Não temos um campus. Estamos em um prédio alugado em um terreno particular e temos apenas um laboratório de informática. É muito complicado, pois precisamos criar mapas etc. Semana que vem, receberemos uma visita do MEC e se nos reprovarem acabou nossa vida acadêmica. Há tantos problemas, mas o Campus é nossa principal reivindicação".

A estudante de Geoprocessamento da UFPA Thayse Azevedo

A cada palavra de ordem dita, os participantes demonstravam lealdade aos seus principais objetivos - barrar a PEC 55 e derrubar o Governo de Michel Temer - e também abraçavam o grande desafio: dialogar com o povo. Foi esse o pensamento que Flávia Câmara, estudante de pós-graduação em Psicologia da UFPA, destacou: "Estamos ocupando todos os espaços: tanto as ruas quanto a cidade. E é importante dialogarmos com a população".

A estudante Flávia Câmara falou sobre a importância do diálogo do movimento com a população

Hana Carvalho, estudante do curso de Arquitetura e Urbanismo, falou sobre a importância do ato e da participação do Instituto de Tecnologia (ITEC) da UFPA, nas ocupações: "Depois do que aconteceu em Brasília, onde fomos muito reprimidos pela polícia, muitos pensaram: ‘o pessoal levou porrada e voltaram tristes’. Hoje é para mostrarmos que estamos na luta". Hana aproveitou para explicar: "O movimento ‘ITEC contra a PEC’ não é contra a ocupação, ele surgiu para somarmos com aqueles que estão ocupando, pois não podemos ocupar".

Jacqueline Romaro, que também cursa Arquitetura e Urbanismo, destacou a importância da ocupação para ela e os companheiros de curso: "A ocupação da nossa faculdade tem sido bastante produtiva, não apenas em união com os protestos nacionais, mas também focando nas dificuldades dos estudantes. Tivemos oficinas de fotografia, desenhos, aquarela, e isso ajudou muito".

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