Ciência na fronteira
A ocupação no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) contou com uma roda de conversa, na segunda-feira (21), com as professoras Edna Castro e Nírvia Ravena. O debate “Ciência na fronteira” foi realizado na área externa do Núcleo, diante do pôr do sol.
As professoras destacaram o papel histórico do NAEA na produção de pesquisas de fronteira, interdisciplinares, nas quais se revela uma postura engajada, que prima pela leitura crítica do mundo e pelo exercício da liberdade de pensamento e de expressão. Uma história que exige postura combativa diante do autoritarismo e da atual situação de exceção do país, que são acompanhados pela sobreposição da lógica econômica à lógica social.
Edna Castro destacou que, já na década de 1960, durante a ditadura militar, a pauta unificada dos estudantes era a defesa do ensino público. Para ela, tanto naquela época como agora, o movimento secundarista tem papel fundamental. Foi o debate qualificado travado pelo movimento que provocou a universidade, tirando os estudantes da graduação e da pós-graduação de suas zonas de conforto, considera a professora.
Nírvia Ravena alertou para os efeitos da PEC 55 na pós-graduação: “essa PEC vem nessa intenção de privatização da pós-graduação. E nós vamos sair de um lugar de liberdade para um lugar de subordinação ao capital nunca dantes experimentado. Porque a lógica de produzir conhecimento em ambientes privados é uma outra. Então, quando a gente fala aqui da fronteira, do desenvolvimento, a gente está falando um pouco do rebatimento que essa PEC vai ter na nossa realidade”.
Matéria: Primeiras Linhas (ocupado)
Ciência na fronteira
Reviewed by Agência #ComunicaçãoOcupada
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